A Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 1999, já chamava a atenção quando do Ano Internacional das Pessoas Idosas.
Em 2016, apontou que o preconceito de idade, em nível mundial, era um dos maiores problemas em termos de discriminação. A discriminação por idade, também chamada como ageísmo ou idadismo, desde 1969, se refere à discriminação sofrida por uma pessoa devido à sua idade avançada.
No Brasil, uma matéria publicada no final de 2017 já apontava que “Para mais de 90%, existe preconceito contra idosos no Brasil”.
Como chegamos a essa perda de sensibilidade social?
José María Manzano Callejo, em sua reportagem sobre o ageísmo, corrobora a desvalorização da maturidade na sociedade ocidental por conta da tecnologia, a qual consiste em menor capacidade produtiva pelos mais velhos devido à maior dificuldade em aprender novas tecnologias, sendo necessário uma reciclagem mais cara para a empresa, mais salário em suplementos e outros conceitos, maior possibilidade de afastamento por doença, mais dificuldade nas relações de trabalho intergeracionais com os jovens da sua empresa e uma tendência maior a perder o tempo na espera da aposentadoria; que é tida como um tempo de decadência.
Por isso que na maioria dos países, como na Espanha e Brasil, ter mais de 45 anos é uma desvantagem laboral que pesa sobre o emprego dos desempregados de longa duração e, por conseguinte, sobre a sua exclusão social. Mas tanto na Espanha quanto no Brasil este fato é totalmente inconstitucional, uma vez que as Cartas Magnas dizem que somos iguais perante a lei e ninguém pode ser discriminado.
Como o ageísmo também está dentro de nós, os mais velhos, precisamos urgentemente combater os autopreconceitos que temos ainda em relação às nossas idades, assumindo-as com orgulho, sem vergonha, a fim de mostrar aos mais jovens que há um mundo a ser vivido e experienciado além da tecnologia, como bem está mostrando a pandemia.
Fonte: portaldoenvelhecimento.
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